sexta-feira, 18 de maio de 2007

Um livro


Há uma velha máxima que diz que, para uma pessoa ter uma vida completa, ela deve escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho.
É verdade que para se ter uma vida completa é preciso fazer algo mais do que lutar pela sobrevivência, é necessário fazer um trabalho maior pelas pessoas, numa tentativa reiterada de mudar a condição daqueles que sofrem por alguma razão. É preciso fazer mais do que o razoável, é necessário fazer TUDO que nos é possível e um pouco do considerado impossível para a maioria das pessoas também.
Mas...voltando a velha máxima, embora ler livros nos torna muito mais completos, resolvi escrever , com uma amiga magistrada , um livro específico de nossa área de atuação.
É difícil arrumar tempo pra tanta coisa, mas o objetivo maior almejado faz valer a pena todos os sacrifícios.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

União


" Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti” John Donne .
Este é um dos poemas mais lindos que conheço, demonstrando a importância das outras pessoas na vida das pessoas, porque somos todos dependentes dos outros, inexistindo pessoa capaz de se bastar.
O sentimento mais assustador para mim é a indiferença. Como podemos não nos importar com a dor, a miséria, a desgraça e a desventura que abate um terceiro, ainda que distante?
Saber se colocar no lugar do outro é o primeiro passo para a pacificação e harmonia entre as pessoas.

domingo, 13 de maio de 2007

mãe


Foto acima( esquerda para direita): minha mãe( Cida), eu, meu filho(João Pedro) e minha filha (Diana);
Fui mãe muito cedo, aos dezesseis anos, motivo pelo qual aos trinta e seis, tenho uma filha adulta, de dezenove anos.
Sobrevivi à todas as agruras de ser mãe na adolescência e não recomendaria tal experiência a ninguém, porque todos perdem, eu perdi minha juventude precocemente com responsabilidades inadequadas para a idade e minha filha perdeu os cuidados próprios de uma mãe mais madura.
Sempre fiz o que pude, o problema é que nem sempre pude fazer o melhor .... mas tenho me aprimorado ao longo dos anos, carregando o que dá e caindo com o que não dá...
A maternidade é o início de uma nova fase da vida da mulher, na qual o mundo para de girar em torno de si mesma e passa a girar em torno dos filhos, e este, é um caminho sem volta, pois, uma vez mãe, os filhos estarão sempre presentes em todos os seus passos, pois passarão a ser donos absolutos de nossos pensamentos e justificarão todas as nossas ações e sacrifícios.
Nesse eterno doar-se encontramos a razão principal de nossa feliz existência.
Obrigada por seu amor mãe e pela paciêcia filhos. No final, somos todos aprendizes bem intencionados...

sábado, 12 de maio de 2007

Quando o amor acaba...


O grande poeta Paulo Lemiski já dizia: " Amor, então, também acaba? Não, que eu saiba. O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima..." enquanto Cazuza, num momento de inspiração fantático, definiu tudo com uma simplicidade extraordinária: " O nosso amor a gente inventa ... pra se distrair...e quando acaba, a gente pensa...que ele nunca existiu..."
Poetas à parte, todos nós, pobres mortais, sabemos que de fato o amor romântico não cultivado a contento, um dia acaba, e um dos sintomas mais decisivos de uma ruptura é a falta de sexo na relação. Tenta-se negar muitas vezes a realidade, enganando-se dizendo que a cama não é tão importante. Mas, sem esse contato, a emoção, a intimidade, a cumplicidade e o tesão , dão lugar ao hábito e à solidão, que termina por transformar casais apaixonados em "irmãos" .... ou pior ( será?) em inimigos...


quinta-feira, 10 de maio de 2007

Em Brasília


Olá queridos,
hoje estou aqui em Brasília , em uma importante reunião organizada pelo Ministério de Políticas Públicas para Mulheres, para debater " os rumos" da Lei 11.340/06 ( Lei Maria da Penha).
O debate é sempre importante e elucidador e, embora o consenso seja um sonho inalcançável( NEM SEI SE TÃO SONHADO ASSIM...já que a liberdade de expressão democrática é mais estimada), a troca de experiências enriquece nossa luta constante por melhorias e é sempre bom encontrar companheiros (raros) e companheiras( guerreiras) de embate, pois é gratificante saber que não estamos sós em nossas lutas, pois muitos são os cúmplices de devaneios, ainda que saibamos que em muitos casos são inglórias nossas batalhas , sendo certo que em muitas de nossas lutas não há vencedores, todos perdem...
A luta da mulher num país cheio de "machos" é histórica...parece que atrás das montanhas a serem escaladas... há...mais... montanhas! pois quanto mais se alcança, muito mais ainda há por alcançar!!!
O lado de cá não é confortável, há um desejo pujante de mudanças que urgem. enquato o resto do mundo parece se mover em câmera lenta....desdenhando de nossa pressa!!
Para "eles" tudo pode esperar... enquanto o olhar aflito das vítimas nos perseguem e suas súplicas nos ensurdecem....
Por quê tão poucos as vêem e ouvem ????
Façamos um trato: já que não consigo ver e fingir que não vi e ouvir e fingir que não ouvi, se não conseguir convencê-los com meus parcos conhecimentos e grande disposição para aprender , me ensinem a lidar com este desalento...vez que não consigo ser indiferente ao sofrimento de milhares de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar...

domingo, 6 de maio de 2007

O dia do meu menino!!!!


Oi,
Hoje foi um dia muito especial pra mim, em razão do aniversário do meu lindo filho João Pedro. Ele fez dez anos e gostaria de registrar todo carinho que sinto por ele, amor maior de uma mãe que jamais conseguiria traduzir em palavras tanto sentimento .
Eu estava grávida dele quando fiz o concurso para o Ministério Público, motivo pelo qual já sentindo contrações durante os últimos dias de prova, ele, sempre parceiro, aguentou firme, nascendo de dez meses um dia após o final das provas escritas.
Todas as mães acham seus filhos especiais , e para mim ele é ímpar , companheiro, carinhoso, amoroso, não imagino um passo de minha vida sem ele, seus olhinhos amorosos e seu abraço acolhedor.
À noite, após nossa batalha diária pela sobrevivência, nos encontramos com mais tempo, conto-lhe histórias e canto canções para ele dormir até hoje, em meio às quais muitas vezes, sou eu quem adormeço primeiro.
Embora pareça o contrário, eu é que sou COMPLETAMENTE dependente dele..
Quero lhe ensinar muitas coisas, desejo que ele tenha muito sucesso e acima de tudo rogo que ele seja feliz, o maior êxito que podemos alcançar..
Meu menino...meu sonho..minha vida...que você saiba distingüir o bem do mal e caminhe ao lado do bem por toda sua existência, pois é a única forma de conseguir a paz que dá origem a verdadeira felicidade.
SUA MAMÃE .

sábado, 5 de maio de 2007

Sumida e trabalhando demais...


Oi amigos, desculpe pelo sumiço, foi realmente involuntário, estava no Rio de Janeiro participando de um seminário sobre a convenção de Haya , onde o pouquíssimo tempo livre foi dedicado a passeios na Cidade Maravilhosa, porque a grande verdade, em que pese as notícias televisivas não darem conta .... é que : O Rio de Janeiro continua liinnndooooooooooo!!!!!!
Hoje gostaria de falar sobre nossa constante necessidade de conhecimento e informação, que tornou-se em certos aspectos meio patológica para muitos de nós.
Tenho minhas dúvidas sobre até que ponto isso é de fato saudável e producente, porque temos que ter consciência de nossa impotência diante de tantas informações interessantes. Eu mesma gostaria de estudar profundamente tantos temas que me fascinam . Contudo, temos que encontrar o equilíbrio, afinal ,não somos somente estudiosos e a aplicadores do direito, somos mães, mulheres, filhas, amigas, e não podemos nos fechar ao verdadeiro deleite da solidão onipotente dos livros, pois jamais saberemos o bastante e sempre teremos tudo para aprender ...sem jamais esquecer qua vida não aceita rascunho...