sábado, 11 de agosto de 2007




Olá queridos,


É bom estar de volta


estive sumida enquanto estava escrevendo meu livro


foi uma experiência única e maravilhosa


Foi bom escrever junto com uma pessoa que comartilha comigo pontos de vista bem semelhantes a respeito da área em que atuamos ( defesa da mulher vítima de violência doméstica e familiar)


Nosso livro já foi aprovado pela editora jurídica JURUÁ e deve ser lançado no dia 22 do mês que vem.


É bom poder expor nossas idéias e melhor ainda saber que tantos torcem por nosso sucesso!!!


na foto vejam eu e a juíza Amini, que escreveu o livro comigo.


Nos veremos sempre por aqui novamente!!


Lindi

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Um livro


Há uma velha máxima que diz que, para uma pessoa ter uma vida completa, ela deve escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho.
É verdade que para se ter uma vida completa é preciso fazer algo mais do que lutar pela sobrevivência, é necessário fazer um trabalho maior pelas pessoas, numa tentativa reiterada de mudar a condição daqueles que sofrem por alguma razão. É preciso fazer mais do que o razoável, é necessário fazer TUDO que nos é possível e um pouco do considerado impossível para a maioria das pessoas também.
Mas...voltando a velha máxima, embora ler livros nos torna muito mais completos, resolvi escrever , com uma amiga magistrada , um livro específico de nossa área de atuação.
É difícil arrumar tempo pra tanta coisa, mas o objetivo maior almejado faz valer a pena todos os sacrifícios.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

União


" Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti” John Donne .
Este é um dos poemas mais lindos que conheço, demonstrando a importância das outras pessoas na vida das pessoas, porque somos todos dependentes dos outros, inexistindo pessoa capaz de se bastar.
O sentimento mais assustador para mim é a indiferença. Como podemos não nos importar com a dor, a miséria, a desgraça e a desventura que abate um terceiro, ainda que distante?
Saber se colocar no lugar do outro é o primeiro passo para a pacificação e harmonia entre as pessoas.

domingo, 13 de maio de 2007

mãe


Foto acima( esquerda para direita): minha mãe( Cida), eu, meu filho(João Pedro) e minha filha (Diana);
Fui mãe muito cedo, aos dezesseis anos, motivo pelo qual aos trinta e seis, tenho uma filha adulta, de dezenove anos.
Sobrevivi à todas as agruras de ser mãe na adolescência e não recomendaria tal experiência a ninguém, porque todos perdem, eu perdi minha juventude precocemente com responsabilidades inadequadas para a idade e minha filha perdeu os cuidados próprios de uma mãe mais madura.
Sempre fiz o que pude, o problema é que nem sempre pude fazer o melhor .... mas tenho me aprimorado ao longo dos anos, carregando o que dá e caindo com o que não dá...
A maternidade é o início de uma nova fase da vida da mulher, na qual o mundo para de girar em torno de si mesma e passa a girar em torno dos filhos, e este, é um caminho sem volta, pois, uma vez mãe, os filhos estarão sempre presentes em todos os seus passos, pois passarão a ser donos absolutos de nossos pensamentos e justificarão todas as nossas ações e sacrifícios.
Nesse eterno doar-se encontramos a razão principal de nossa feliz existência.
Obrigada por seu amor mãe e pela paciêcia filhos. No final, somos todos aprendizes bem intencionados...

sábado, 12 de maio de 2007

Quando o amor acaba...


O grande poeta Paulo Lemiski já dizia: " Amor, então, também acaba? Não, que eu saiba. O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima..." enquanto Cazuza, num momento de inspiração fantático, definiu tudo com uma simplicidade extraordinária: " O nosso amor a gente inventa ... pra se distrair...e quando acaba, a gente pensa...que ele nunca existiu..."
Poetas à parte, todos nós, pobres mortais, sabemos que de fato o amor romântico não cultivado a contento, um dia acaba, e um dos sintomas mais decisivos de uma ruptura é a falta de sexo na relação. Tenta-se negar muitas vezes a realidade, enganando-se dizendo que a cama não é tão importante. Mas, sem esse contato, a emoção, a intimidade, a cumplicidade e o tesão , dão lugar ao hábito e à solidão, que termina por transformar casais apaixonados em "irmãos" .... ou pior ( será?) em inimigos...


quinta-feira, 10 de maio de 2007

Em Brasília


Olá queridos,
hoje estou aqui em Brasília , em uma importante reunião organizada pelo Ministério de Políticas Públicas para Mulheres, para debater " os rumos" da Lei 11.340/06 ( Lei Maria da Penha).
O debate é sempre importante e elucidador e, embora o consenso seja um sonho inalcançável( NEM SEI SE TÃO SONHADO ASSIM...já que a liberdade de expressão democrática é mais estimada), a troca de experiências enriquece nossa luta constante por melhorias e é sempre bom encontrar companheiros (raros) e companheiras( guerreiras) de embate, pois é gratificante saber que não estamos sós em nossas lutas, pois muitos são os cúmplices de devaneios, ainda que saibamos que em muitos casos são inglórias nossas batalhas , sendo certo que em muitas de nossas lutas não há vencedores, todos perdem...
A luta da mulher num país cheio de "machos" é histórica...parece que atrás das montanhas a serem escaladas... há...mais... montanhas! pois quanto mais se alcança, muito mais ainda há por alcançar!!!
O lado de cá não é confortável, há um desejo pujante de mudanças que urgem. enquato o resto do mundo parece se mover em câmera lenta....desdenhando de nossa pressa!!
Para "eles" tudo pode esperar... enquanto o olhar aflito das vítimas nos perseguem e suas súplicas nos ensurdecem....
Por quê tão poucos as vêem e ouvem ????
Façamos um trato: já que não consigo ver e fingir que não vi e ouvir e fingir que não ouvi, se não conseguir convencê-los com meus parcos conhecimentos e grande disposição para aprender , me ensinem a lidar com este desalento...vez que não consigo ser indiferente ao sofrimento de milhares de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar...

domingo, 6 de maio de 2007

O dia do meu menino!!!!


Oi,
Hoje foi um dia muito especial pra mim, em razão do aniversário do meu lindo filho João Pedro. Ele fez dez anos e gostaria de registrar todo carinho que sinto por ele, amor maior de uma mãe que jamais conseguiria traduzir em palavras tanto sentimento .
Eu estava grávida dele quando fiz o concurso para o Ministério Público, motivo pelo qual já sentindo contrações durante os últimos dias de prova, ele, sempre parceiro, aguentou firme, nascendo de dez meses um dia após o final das provas escritas.
Todas as mães acham seus filhos especiais , e para mim ele é ímpar , companheiro, carinhoso, amoroso, não imagino um passo de minha vida sem ele, seus olhinhos amorosos e seu abraço acolhedor.
À noite, após nossa batalha diária pela sobrevivência, nos encontramos com mais tempo, conto-lhe histórias e canto canções para ele dormir até hoje, em meio às quais muitas vezes, sou eu quem adormeço primeiro.
Embora pareça o contrário, eu é que sou COMPLETAMENTE dependente dele..
Quero lhe ensinar muitas coisas, desejo que ele tenha muito sucesso e acima de tudo rogo que ele seja feliz, o maior êxito que podemos alcançar..
Meu menino...meu sonho..minha vida...que você saiba distingüir o bem do mal e caminhe ao lado do bem por toda sua existência, pois é a única forma de conseguir a paz que dá origem a verdadeira felicidade.
SUA MAMÃE .

sábado, 5 de maio de 2007

Sumida e trabalhando demais...


Oi amigos, desculpe pelo sumiço, foi realmente involuntário, estava no Rio de Janeiro participando de um seminário sobre a convenção de Haya , onde o pouquíssimo tempo livre foi dedicado a passeios na Cidade Maravilhosa, porque a grande verdade, em que pese as notícias televisivas não darem conta .... é que : O Rio de Janeiro continua liinnndooooooooooo!!!!!!
Hoje gostaria de falar sobre nossa constante necessidade de conhecimento e informação, que tornou-se em certos aspectos meio patológica para muitos de nós.
Tenho minhas dúvidas sobre até que ponto isso é de fato saudável e producente, porque temos que ter consciência de nossa impotência diante de tantas informações interessantes. Eu mesma gostaria de estudar profundamente tantos temas que me fascinam . Contudo, temos que encontrar o equilíbrio, afinal ,não somos somente estudiosos e a aplicadores do direito, somos mães, mulheres, filhas, amigas, e não podemos nos fechar ao verdadeiro deleite da solidão onipotente dos livros, pois jamais saberemos o bastante e sempre teremos tudo para aprender ...sem jamais esquecer qua vida não aceita rascunho...

domingo, 29 de abril de 2007

as pequenas coisas...

Todos os dias somos surpreendidos absolutamente aborrecidos com pequenas coisas...
Sempre destruimos nossas relações por conta de coisas tão miúdas que com o tempo se avolumam a ponto de tornar o fim irreversível...
Sabemos teoricamente que não deveríamos dar importância a tais coisas ou que deveríamos conversar sobre elas e que esta é a única forma de impedir que elas se agigantem..
Temos tanta dificuldade de colocar em prática TODAS as nossa teorias...

quinta-feira, 26 de abril de 2007

O que será feito de nossos jovens???




Acabo de saber que por 12 votos a 10, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta hoje a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos , dando-se início a uma possível emenda à Constituição Federal, que parece atender aos anseios da maioria da população.
Embora respeite as opiniões em contrário, analisando o histórico crescente de crimes praticados , me leva a constatar o que me parecebem óbvio : NÃO SE MUDA UM PAÍS A GOLPE DE LEIS!!!
Caso a mera existência de uma norma penal incriminadora ( lei) intimidasse os delinqüentes, com a ENORME quantidade de leis existentes em nosso país, poderíamos viver absolutamente em paz, dormir de portas e janelas abertas, tranqüilos, afinal: a lei nos protege (rs rs rs) ... Ora! sabemos que o índice de criminalidade só aumenta e não irá diminuir com a punição de jovens ainda mais jovens..
Primeiro porque o criminoso não nasce "mau", ele nasce bebê , igualzinho aos nossos amados filhos e vão se inclinando para a criminalidade à medida que passa a ter contato com a violência, muitas vezes como vítima, com a miséria , a perversão e o desamor.
O Estado há tempos cria delinqüentes para depois puní-los , vez que, por falta de políticas públicas próprias, crianças e adolescentes são abandonadas a sua própria sorte e encontram na criminalidade o seu perverso e cruel destino.
Diante deste contexto inegável, a redução da maioridade penal diminuiria a violência???? entendo que não, jovens nesta idade, propensos para a prática delituosa ou não, são acometidos pelo que se chama de : SÍNDROME DA ONIPOTÊNCIA, o que significa que ele imagina que pode tudo que quiser e que nada de mau poderá acontecer com ele.
Logo, ele não deixará de cometer um crime por saber que será apenado mais severamente, porque ele JAMAIS imagina que a polícia irá pegá-lo ou que poderá vir a ser condenado por um juiz a qualquer pena , seja pequena ou maior, já que, para ele , a ação delituosa terá êxito e ele sairá ileso, sem sofrer qualquer reprimenda.
Pois bem, se o objetivo dessa possível emenda for minorar a criminalidade: esqueçam! não irá diminuir por isso, já que estas leis não intimidam os jovens.... mas, se o objetivo dos nossos representantes do poder legislativo for tão somente PUNIR estes jovens , sem tratá-los adequadamente: Parabéns! que construam mais cadeias porque a tendencia é lotá-las.
Contudo, não se deve esquecer de um detalhe: um dias estes jovens, já não tão jovens, sairão da cadeia e ganharão o mundo, retornando para a sociedade que o encarcerou e não tratou adequadamente de suas mazelas.....

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Teríamos medo da felicidade?



Sabemos que a procura da "felicidade" justifica muitas de nossas atitudes , representando o verdadeiro anseio da maioria das pessoas e que o AMOR continua a fazer parte de nosso imaginário como algo que chegaria para completar o "estado de felicidade " tão desejado.
Se é assim, qual a razão para complicarmos tanto nossas relações afetivas ou mesmo evitá-las?
O amor romântico faz mais parte de nosso imaginário , que do nosso cotidiano...
Até mesmo nos livros e filmes a morte ou a separação sempre colocam um fim nos "grandes romances"...
É inegável: temos sim MEDO DO AMOR, e...muito..
Aliás, o grande psiquiatra e escritor Flávio Gikovate denomina de fator antiamor três atitudes nossas que "sabotam" nossas relações: o medo de futuro sofrimento relacionado a perda da pessoa amada; o enorme medo que as pessoas sentem de se perderem no outro... tornando-se dependentes e despersonalizadas diante do amado e o verdadeiro pavor que a felicidade nos provoca...
Quando nos sentimos muito felizes, tais medos nos atormentam, como se não nos sentíssemos de fato merecedores de tamanha felicidade e de forma inconsciente ficamos esperando que algum infortúnio ocorra e arrase com nosso momento de plenitude.
Nestes instantes de medo, muitos procuram se desvencilhar da pessoa ou situação geradora de tanta alegria, dstruindo por vezes o que estamos mais valorizando naquela oportunidade.
Cientes desse impulso autodestrutivo que existe em nós, devemos ter muita atenção para com nosso medo da felicidade , pois, segundo o profissional já mencionado: " Quem sabe que o medo da felicidade existe talvez consiga não fugir do encontro com o parceiro sentimental adequado".

terça-feira, 24 de abril de 2007

Estamos acima dos preconceitos???


Imagina-se que nós, mulheres que atuam na área jurídica pública como promotoras, juízas, defensoras, procuradoras etc... estejamos acima dos preconceitos contra mulheres que AINDA existe na área privada mas...será????
Infelizmente a resposta é NEGATIVA, há uma certa discriminação sim, por vezes velada e outras declarada.
É verdade que ganhamos o mesmo que os colegas do sexo masculino ( também , não há outro jeito), temos as mesmas garantias e prerrogativas mas...
O que dizer das piadinhas sem graça que somos obrigadas a ouvir, de verem nossa sensibilidade como fraqueza e nossas insatisfações e repúdios como simples chilique...
E o que dizer de alguns advogados ( que por sorte são exceções) que muitas vezes vão bem além da defesa de seus clientes, emitinho opiniões pessoais ablolutamente desnecessárias...
Outro dia, ao discordar de uma liberdade provisória pleiteada por um destes primores de " sanidade mental duvidosa" , fui alvejada pela opinião pessoal e inútil do causídico , que simplestente falou para os presentes na audiência que : se dependesse dele( há há, NUNCA vai depender....), mulheres jamais seriam promotoras de justiça, porque, segundo ele: mulheres são muito detalhistas e dão muita importância a questões, segundo ele, sem importância...
Paciência...eles tem que aceitar nossa atução, sujeitar-se a elas ou tomar as medidas legais cabíveis contra a mesma, enquanto nós somos obrigadas a ATURÁ-LOS, fazer o que, ossos do ofício, embora aceitar não signifique acatar ou sujeitar-se a tais atitudes, pois devemos, na verdade, nos insurgir sempre contra elas....com atitude e estilo claro!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A cada dia uma nova história...


Todos os dias, ao sair do meu gabinete me deparo com o mundo real... e para mim ele é revelado diariamente nas salas de audiência, onde me deparo com a dura realidade daqueles que optaram ou foram praticamente lançados ao mundo do crime...

Vemos tantas situações, ouvimos tantas coisas, mas...a cada dia descobrimos mais do limite dos outros e do nosso próprio e, por mais dura que seja nossa rotina, ainda que a violência de terceiros seja o nosso objeto de trabalho, creiam: não nos acostumamos jamais com ela!

Nada nos é indiferente: o choro da mãe cujo filho está preso; os apelos do pai; os argumentos do acusado...todos a sua maneira, tentanto justificar a barbárie....

Uma cena hoje nos tocou o fundo da alma:
Sem qualquer consentimento das autoridades presentes, uma vítima de violência doméstica entra na sala de audiência trazendo seu filho pela mão, um lindo garoto de aproximadamente 04 anos de idade e...antes que tívessemos tempo de retirar a criança da sala, surge do anexo próprio o pai da criança algemado...olhamos umas para as outras sem ação, o pior já havia ocorrido, a criança tinha visto " seu herói" algemado ( nem era preso nosso, estava preso por outro crime, de competência de outro juízo)
A criança " murchou" diante de nossos olhos, sua reação foi imediata e chocante. Ficou petrificada e nervosa: Quero ele "soltado" vociferou..
Naquele instante...naquele único instante...houve um aperto em nosso peito, nos vimos como algozes responsáveis por aquela dor tão profunda... vimo-nos através dos olhos daquele pequeno e tudo que gostaríamos é de ter tido como evitar aquela mágoa pujante, inventar uma estória, maquiar a situação...
Mas o mal estava feito e sabemos que aquela imagem vai permanecer viva para sempre na mente daquela criança!

domingo, 22 de abril de 2007

Não à Violência Doméstica e Familiar


A Lei Maria da Penha


Ao entrar em vigor a Lei 11.340, notei uma série de críticas em relação a mesma, o que já esperávamos, de certa maneira, em razão da amplitude das ações previstas, que certamente surgem para o desassossego de muitos, sobretudo àqueles mais “acostumados” com a violência doméstica contra as mulheres, mais ou menos como se, de inopino, todas as mazelas que ocorrem entre as paredes das residências pudessem ser reveladas , é como se, de um momento à outro, a casa deixasse de ser um asilo tão inviolável...

Como Coordenadora e Promotora das Promotorias Especializadas de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher na Capital do Estado de Mato Grosso ( Cuiabá) , vejo a lei como o início de um novo tempo, em que as mulheres oprimidas por toda ordem de violência ( física, moral e psicológica), poderá finalmente ter com quem contar, pois verá o seu caso, antes tido como tão irrelevante pelo direito penal ( crime de menor potencial ofensivo) , tratado com o devido respeito e consideração pelos operadores jurídicos.

Muito se falou sobre uma possível inconstitucionalidade da Lei 11.340/2006, o que de forma alguma possui argumentos que o justifiquem, já que a lei surgiu de uma antiga exigência de dois tratados internacionais assinados e ratificados pelo Brasil, que referem-se especificamente à promoção e defesa dos direitos das mulheres, quais sejam: A Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher ea Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher,conhecida internamente como "Convenção de Belém do Pará”.

O parágrafo 2.º, do art. 5.º, da Constituição Federal de 1988, dispôs que os direitos e garantias expressos na Constituição Federal "não excluem outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte", que dá margem à entrada ao rol dos direitos e garantias consagrados na Constituição, de outros direitos e garantias provenientes de tratados, revelando o caráter não taxativo do elenco constitucional dos direitos fundamentais,admitindo expressamente que tratados internacionais de proteção dos direitos humanos ingressem no ordenamento jurídico brasileiro no nível das normas constitucionais.

Assim, estudando atentamente a luta das mulheres contra a violência doméstica, somos obrigados a concluir que tudo convergiu para a promulgação da Lei 11.340/2006, ainda que tardia ( já que o Brasil é o 18º país da América Latina a efetivar uma lei com tais características).Não podemos mais ser omissos, temos que intervir em defesa dessas vítimas, implantando de fato, em todos os seus termos, a Lei Maria da Penha, que Impõe a necessidade de se criar, a exemplo do que ocorre em meu estado, Juizados ou Varas Especializadas para os Crimes de Violência de Gênero, a fim de que se possa oferecer serviços adequados à mulher que vive a situação de violência perpetrada pelo marido, companheiro, namorado, filho, pai e outros.

A violência de gênero, considera que as relações entre mulheres e homens têm sido historicamente desiguais, acarretando a subordinação da população feminina aos ditames masculinos que impõem normas de conduta às mulheres e as devidas “punições” ao descumprimento dessas regras. A idéia de gênero associada ao estudo da violência introduz ao tema sua dimensão histórica e política e, ao mesmo tempo, a modifica sua natureza, indicando ser possível a construção de uma convivência equilibrada, pacífica e democrática entre os sexos.

Dados das Nações Unidas apontam que 45% a 60% dos assassinatos de mulheres no mundo são cometidos por homens com quem elas tiveram algum envolvimento amoroso.A realidade da violência de gênero traz dados alarmantes sobre os números e suas seqüelas para a saúde física e mental, que também atingem os aspectos econômicos e sociais. Em São Paulo, uma mulher é assassinada a cada 24 horas, sendo o homicídio a principal causa mortis das mulheres entre 15 a 49 anos, na cidade (Proaim/SP). Sem dúvida, a intervenção do Estado, por meio de efetivação de políticas públicas adequadas, pode reduzir a tragédia da violência de gênero, propiciando possibilidades de impedir a manutenção da situação de desrespeito e violação dos direitos humanos.
Portanto, a Lei 11.340/2006 nada mais é que um mecanismo de discriminação positiva, que existe para proteção das mulheres vítimas de violência; sabemos que a lei demorou 05 anos para ser elaborada e foi objeto de discussões intensas, constituindo um verdadeiro instrumento de cidadania, que introduz perfeita consonância da lei ordinária com os dispositivos constitucionais vigentes, logo, não se podendo aceitar a pecha de inconstitucional e também não podemos analisá-la isoladamente, sem recorrer ao contexto histórico e sem ignorar que a violência de gênero faz parte de nossa cultura, posto que os superiores, via de regra, não são vítimas de agressão, logo, conclui-se que, historicamente, as mulheres são vistas por todos ( inclusive por outras mulheres e por si próprias), como seres inferiores em relação aos homens, mentalidade que precisa mudar, não a golpe de leis, mas através da educação.

Cabe a nós o desassombro de se fazer a verdadeira justiça, e deixarmos nossos preconceitos de lado, vez que invariavelmente entendemos como indiscutível a punição efetiva tão somente dos infratores patrimoniais, vez que quanto a estes há um consenso acerca da necessidade de exemplar punição, já que colocam em risco a tranqüilidade pública, quando na verdade, pesquisas e estudos revelam que as conseqüências da violência doméstica e familiar para as crianças e adolescentes que a presenciam, são nefastas, pois o menor, até como mecanismo de defesa, aprende a se “acostumar” com a violência( já que não pode combatê-la) e, quando adulto, via de regra , vai repetir esse padrão de comportamento, razão pela qual, ao nos omitirmos, estaremos simplesmente potencialmente criando delinqüentes para em tempo oportuno, podermos puni-los.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Pra Você Mulher Maravilhosa...



Querida ,


Se você é linda, tem mais de trinta aninhos, se mata na acadêmia pra ter um corpo legal para sua idade, é inteligente, bem informada, tem um ótimo emprego e anda sozinha...não se preocupe, não há nada errado contigo, sim, vc é especial , o que talvez assuste alguns homens mais inseguros, mas a verdade mesmo é que eles não apreciam muito esta casta de mulheres "cheias de si", são independentes demais...falam demais... tem seus próprios gostos ( imagine que ousadia ..rs), não se sujeitam a tantas coisas que lhes são preciosas...afinal, são independentes!logo, se não estão satisfeitas, a fila anda... comparam e cobram sua perfomace sexual ( há! há!) e isso é demais para a maioria dos homens de sua faixa etária.

Afinal amiga, homem gosta mesmo é de BONECA, daquelas lindinhas, perfeitinhas e de preferência bem caladinhas, doces e meigas criaturas que lhe sejam submissas e dependentes, assim ele se sente o máximo e não é ameaçado, nem contrariado.

A parte interessante é que tais bonecas não vivem inertes por muito tempo e costumam trair reiteradamente seus machos provedores, ficam com bem mais que a metade de seu amado patrimônio e não raro ainda ganham pensão, afinal, não são independentes ( rs rs rs)

Viu amiga, vc é mesmo maravilhosa! e na hora certa vai encontrar um companheiro a sua altura, não tenha pressa, pois amor não se procura, se encontra....

quinta-feira, 19 de abril de 2007

expectativas e frustrações



Olá queridos,

Hoje queria questionar esta mania incontrolável que temos de nos aborrecer com pequenas coisas, por mais que tenhamos conhecimento de que nos faz muito mal o stress, todos os dias, lá estamos nós verdadeiramente enfurecidas por quentões que daqui a uma semana sequer vamos lebrar a existência.

Estou tentando me policiar para não me exaltar tanto , tentar ser menos crítica e exigente com as pessoas, mas confesso que , embora eu tenha alcançado alguns avanços, ainda "sofro" de forma desnecessária com o amontoado de bobagens que diariamente somos obrigadas a ouvir.

O mau dos perfeccionistas é exatamente esperar mais dos outros, embora saibamos que as pessoas são muito diferentes e temos que nos habituar a tal diversidade. Afinal, nossas expectativas e exigências também são considerados pelos outros como defeitos, os nossos defeitos....

quarta-feira, 18 de abril de 2007

JUSTIÇA PARA TODOS?????


É complicado PROMOVER JUSTIÇA num país de tanta desigualdade moral, cultural e econômica como o nosso, onde poucos pensam que podem tudo e muitos acreditam que não podem nada....
Tantos ABSURDOS constato diariamente que se eu disser certamente vcs pensarão ser produto de minha fértil imaginação....
Informamos os direitos das partes, mas é tudo tão surreal para elas, que está escrito em seus olhos que não se sentem aptas para exercê-los, como quem vê um espetáculo maravilhoso do lado de fora, onde jamais ousariam entrar, mesmo estando sendo convidados....
parece que as pessoas estão perdendo a fé nas instituições, desacreditando nas mudanças e abandonando seus sonhos.
ACORDA PESSOAL! ! AINDA HÁ TEMPO, SE NÃO AQUELES POUCOS, QUE PENSAM QUE PODEM TUDO, VÃO CONCRETIZAR O SEU INTENTO!!!!!!!

terça-feira, 17 de abril de 2007

Ciúme ou Controle????????????


Ai ai........mais um dia, trabalho, trabalho, trabalho... quanto processo, quanto litígio, quanto conflito, quanto crime, socoooooooooooorroooooooo!!!!!


E não é que ao chegar em casa para descansar e preparar para sair para jantar na casa de minha melhor amiga o meu querido noivo Edu resolveu ter uma crise de ciúmes por causa deste inocente e inofensivo blog, eu posso???


De nada adiantaram meus argumentos de que isso é um diário solitário não um site de relacionamentos e olha que não sou exatamente o tipo de mulher que dá satisfações.....por isso me pergunto as razões de ciúmes infundados: afeto? insegurança? controle? ou o velho e conhecido machismo oculto até nos homens mais antenados??


Edu, meu anjo: eu te amo! vc é o dono absoluto do meu coração


bjs

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Homens!!!!! por que "ainda" precisamos deles......


É inegável que nós mulheres avançamos muito, conseguimos poder, dinheiro, liberdade, vamos onde queremos, compramos o que desejamos , temos amigos, filhos, carreiras....


Contudo, por que não estamos satisfeitas???? De onde surge a sensação de que falta algo para nossa realização plena?


Francamente....por mais " bem resolvidas" que sejamos, a companhia de um homem ainda faz parte do " sonho de consumo" da maioria das mulheres. Tudo bem, não queremos qualquer homem, não fazemos qualquer negócio para não ficarmos sozinhas( muito longe disso), estamos nos conhecendo mais e somos cada vez melhor companhia para nós mesmas, mas é evidente que ainda queremos uma boa companhia.


E é bem natural que seja assim, pois o mundo parece ter sido feito para ser melhor apreciado e desfrtutado à dois, afinal, tem graça fazer uma viagem de férias sozinha??? E jantar, algém prepara um jantar, põe a mesa, compra flores , pra jantar sozinha?


Sim, é verdade, admitimos, os homens nos fazem falta, queremos a mão deles na nossa, queremos a "proteção" e o conforto de seus ombros , a virilidade de suas atitudes, queremos nos sentir desejadas e amadas. Convenhamos: também não queremos tanto assim... vemos tantas mulheres maravilhosas e disponíveis enquanto os homens razoáveis disponíveis são raríssimos ( se é que existem..rs)


Simplesmente temos que admitir que por mais "gloriosas" que possam ser as nossas vidas.... nós simlesmente: NÃO NOS BASTAMOS...


bjs. Lindi